Dia Mundial da Saúde Mental
- grazieladengo
- 10 de out. de 2018
- 3 min de leitura
Hoje, dia 10 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental. Essa data tem o objetivo de chamar a atenção das pessoas para o cuidado com a saúde mental global e o combate ao preconceito e ao estigma que ainda são tão comuns na nossa sociedade. É preciso compreender que transtornos mentais são doenças e, portanto, podem ser tratados. Psicólogos e psiquiatras são profissionais da saúde como quaisquer outros, que devem ser procurados assim como um médico é quando se está com uma doença fisiológica.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), transtornos mentais exigem uma prioridade no cuidado, visto o grande aumento de casos atualmente. Eles podem impactar fortemente na vida do paciente, em diversas áreas, assim como na de seus familiares, trazendo grande sofrimento psíquico. O tratamento combinado, o qual envolve profissionais de diversas áreas como psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, entre outros, visa à atenuação do sofrimento do paciente e da família, assim como à sua reabilitação psíquica, ao retorno de suas atribuições diárias e ao desenvolvimento de suas potencialidades, muitas vezes perdidas durante o processo de adoecimento.
A temática apresentada pela OMS, para se pensar e debater nesta data, é “Os jovens e a saúde mental em um mundo em transformação". Tem como objetivo promover a reflexão em torno de problemas mentais e promoção de saúde nas etapas adolescência e adultez jovem do ciclo vital. Esta fase é caracterizada por apresentar particularidades e desafios próprios, sendo atravessada por diversas questões que podem tencionar este momento, como em relação a amizades, à importância de pertencer a grupos sociais e de buscar aceitação das pessoas, bullying, sexualidade, escolhas profissionais, o conflito entre a busca por liberdade e os limites dos pais.
São diversos movimentos que os adolescentes/jovens realizam na procura da sua individuação e diferenciação, buscando reconhecer a sua identidade no mundo. Um dos pontos mais importantes para se pensar é a compreensão de que adolescentes podem desenvolver transtornos mentais, que não são apenas questões da “aborrescência”. Este termo é comumente usado de forma pejorativa para descrever os comportamentos com tendências mais rebeldes, introspectivos e instabilidades de humor, que alguns adolescentes podem apresentar, tidos como típicos da idade.
Em função destas tensões, esta fase é caracterizada por momentos de fragilidade, visto que precisam lidar com diversos conflitos e responsabilidades, ao mesmo tempo que estão desenvolvendo a sua resiliência e mecanismos para lidar com as adversidades. Segundo o Ministério da Saúde, metade de todas as doenças mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não são detectados nem tratados. Em termos da carga da doença entre adolescentes, a depressão é a terceira causa principal. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos. O uso prejudicial de álcool e drogas ilícitas pode levar a comportamentos de risco, como sexo inseguro ou direção perigosa.” (Biblioteca Virtual em Saúde).

Portanto, o primeiro passo é pedir/oferecer ajuda quando se identificam sintomas que alertam para uma doença mental. Para isso, é importante conscientizar a população para que possa reconhecer e compreender esses sinais, sempre estando atento aos filhos, as pessoas no em torno e a si mesmo, algo que com as transformações atuais, o imediatismo e a correria do dia a dia, vem estando cada vez mais esquecido. Então, olhe para a pessoa ao seu lado, demonstre interesse, pergunte como ela está, às vezes é só isso que ela precisa para não se sentir invisível e se motivar a buscar ajuda.
Graziela Dengo
Psicóloga Clínica
CRP 07/29030



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